quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Cidade das Fontes: I - Fonte das Águas Férreas - ACTUALIZAÇÃO (1ª)

O blogue Alfarrábios de Braga (que deveras aconselhamos que seja seguido), publicou, ontem (04Jan2011), informação relativa à Fonte das Águas Férreas, através da partilha de uma notícia de um jornal de há 32 anos (de 21Nov1978), com o título "Qual o futuro das águas férreas de Lamaçães e Fraião?" da qual consta, além de algumas ideias que acabaram por não se concretizar (a não ser muito mais tarde e no contexto e nos termos já descritos na primeira publicação nossa acerca desta fonte), pertinentes e interessantes apontamentos acerca desta fonte que, enriquecendo a informação que antes disponibilizámos, aqui partilhamos também, com a expectativa da devida licença do referido blogue.


De referir que, o que abaixo for escrito, se refere às águas férreas que desta fonte brotavam até à sua deslocalização (nos termos já descritos na primeira publicação nossa acerca desta fonte) e não à água que, desde 1998, jorra da bica e que, embora de reconhecida qualidade, terá, decerto, outras características.

Ora, na supracitada notícia, é referido um facto francamente importante: "uma das coisas que impressiona é o facto do caudal se manter inalterável, quer em tempos de invernia, quer em época de estiagem".
Tal como referímos na mensagem introdutória deste conjunto de publicações sobre as fontes de Braga, o concelho de Braga é riquíssimo em termos hidrográficos, ao ponto de, não obstante a sua relativamente pequena dimensão de 183,51 km2, ser um dos concelhos com mais nascentes em todo o país. E, portanto, não nos surpreendemos sobremaneira com notícias destas, sobretudo dado o facto da fonte se situar no sopé da Serra da Falperra. Porém, não deveremos deixar de nos regozijar com tais factos reveladores duma riqueza ímpar e não nos deveremos deixar também, de uma vez por todas, de assumirmos uma posição enérgica e audível na defesa dos recursos hídricos.
Embora, reforçamos, a notícia se refira às águas férreas, as actuais águas que jorram da bica também partilham tal característica.

A notícia continua, concedendo-nos informação acerca dum caminho municipal aberto de propósito para dar acesso à fonte, acerca da composição das águas férreas e enumerando publicações que referem a fonte: "a mais antiga informação escrita que destas águas se conhece encontra-se no Livro dos Bens e Fábrica da Igreja de Lamaçães, redigido em 1775. Anos mais tarde, em 1851, Pereira de Caldas consagrou-lhe um ensaio de 32 páginas, o que levou o Senado da Câmara a abrir e calcetar, propositadamente, um caminho desde o Largo do Espadanido até à fonte.
Segundo Pereira Caldas, as águas, que se supõe virem das montanhas da Santa Marta ou do Sameiro, têm uma temperatura de 20,5 graus centígrados e os seguintes componentes: ácido carbónico, ácido sílico, carbonato equi-férrico e sulfato de cálcio. Ultimamente, a pessoa mais interessada na sua exploração tem sido o P. António de Oliveira Gomes.
Encontram-se referências àquelas águas na «Enciclopédia Portuguesa e Brasileira», no «Dicionário Corográfico de Portugal», em «O Minho Pitoresco», «História Lusitana e da Ibéria», «Revista Popular», «Jornal da Sociedade Farmacêutica Lusitana», «Gazeta Médica do porto» e «Gazeta Médica de Lisboa»".

Sem comentários:

Enviar um comentário