Ponto prévio: inicio hoje a partilha de opiniões pessoais minhas, aqui no blogue que, juntamente com o José Gusman Barbosa, vou construindo. Esta primeira intervenção é composta por uma intensa crítica, bem como por um apelo à valorização do patriotismo.
O feriado do 1º de Dezembro
por Nuno Filipe Alpoim
Obelisco comemorativo da restauração da independência, em Lisboa.
Fonte: Wikipedia.
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Hoje é feriado. Há 371 anos, Portugal, após uns humilhantes 60 anos, libertou-se de Castela. Olivença também se libertou. Agora, segundo consta, pretende-se acabar com este feriado, em vez de, pelo contrário, se aplicarem no sentido de enaltecer este dia!
Mais: justifica-se o processo quase responsabilizando a... Igreja! Vai-se lendo que "a Igreja está disposta a abdicar de dois feriados, se o Governo abdicar de dois também". TODOS os feriados são nacionais. Não são propriedade nem da Igreja nem do Governo, apenas do País e do Povo Português. Tanto o Governo como a Igreja ficam muito mal neste retrato!
Não alinho em ideias bacocas segundo as quais "hoje já não tem significado", "ninguém já quer saber disso", "mais valia sermos espanhóis" ou comentários abjetos como estes.
Alternativas? Acabassem antes com o 1 de Janeiro, com a Páscoa, com o Natal ou, como Lisboa e Porto tiveram tolerância para receber o papa, acabassem com os feriados municipais desses concelhos. Obviamente que o que escrevi na anterior frase foi por provocação e não concordaria, jamais, com tais medidas.
Alternativas mesmo? Em primeiro lugar, discordo terminantemente da eliminação de feriados. Mas, caso cedesse, julgo que mais valia que se obrigasse a trabalhar dois sábados (e que arcassem com a responsalidade política dessa opção que, tal como a eliminação de feriados, poderá ser apenas a abertura da "caixa de Pandora").
Na pior das hipóteses, lançassem esta medida de forma temporária, "até a economia começar a crescer consolidadamente" e escolhendo outros feriados (até porque, como muito bem observou o José Gusman Barbosa, no próximo ano o 1º de Dezembro será a um Sábado e, no ano seguinte, a um Domingo).
Mas nunca, nunca, se poderá admitir tamanho desprestígio duma data fundamental da história portuguesa, brasileira, holandesa, angolana (por acontecimentos históricos ocorridos em consequência do 1º de Dezembro de 1640), entre outras.
Tenham vergonha: atual governo e os mudos partidos da oposição!
Assumam as responsabilidades: comunicação social calada e povo adormecido e que aceita passivamente a manipulação a que é sujeito.
Acordemos. Sejamos patriotas. Nunca xenófobos, mas sempre PATRIOTAS!
Numa altura em que convocam o povo para enormes sacrifícios, em nome do país, dá-se "tiros nos pés" não respeitando fatores de união e motivação por via da consciencialização da ideia pela qual estamos na mesma "equipa", por indesmentíveis fatores históricos!
O que referi para o 1º de Dezembro, vale, em grande parte, para o 25 de Abril, para o 5 de Outubro e, claro, para o 10 de Junho! E para o 24 de Junho em Braga e todos os feriados municipais. Inalienáveis.
VIVA PORTUGAL! Portugal que não se superioriza aos outros nem tem intenções imperialistas, mas um Portugal que se deve orgulhar de quase 900 anos de história e que deve alimentar os rituais que o celebram, além de dever primar pela manutenção da sua soberania, numa Europa plural e unida, mas que busca as vantagens da diversidade!
VIVA O 1º DE DEZEMBRO!
BIBLIOGRAFIA
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